NOSSAS MONTANHAS

Dar-te-ia meu coração, talvez, até.

Porém triscando, um perjúrio triste.

E sob as nuances claras, submersa fé

Avulsa possibilidade, atitude existe.

Tenho meu coração, tão distribuído.

Por aí, até lascivos atrativos o levam.

Tu compromissado, mas sério e dorido.

Enquanto, nossas montanhas nevam.

Já faz tardinha, num tempo delicado.

Andorinhas nos fios, aguardam verão.

Minha janela acata, mais um recado.

Documentado, pelo  delicado coração.

Talvez, afirme simulando,na tal data.

Pois, das certezas eu ainda transporto.

Ascendente luz, numa vivacidade nata.

Quando sem fitar-te,  jamais suporto.

E, pelas montanhas, tão encantada.

Sobrevirei meus dias, entardecidos.

Teus andamentos, alma extremada.

Arte de viver e servir, assim vividos.

Representar, quase nunca vindo ser.

A arte, que a vida imita, realmente.

Quando, atitudes exprimem um viver.

Estas, se distinguirão constantemente.